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Maracanã à Venda? Estado Avalia Alienação para Abater Dívida Bilionária

O Complexo do Maracanã pode ser incluído entre os imóveis do Estado do Rio de Janeiro a serem alienados para quitar parte de uma dívida estadual estimada em R$ 12,3 bilhões, com vencimento previsto para 2026.

A proposta surgiu em um relatório elaborado por um grupo de trabalho da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O documento, divulgado nesta quarta-feira, revisa o Projeto de Lei Complementar 40 de 2025 e sugere alterações na lista de bens públicos que podem ser utilizados para o pagamento da dívida com a União.

Segundo a Alerj, a nova listagem conta com 62 imóveis, resultado da inclusão de 30 novos endereços e da exclusão de 16.

O Complexo Esportivo Caio Martins, em Niterói, e o Batalhão da Polícia Militar no Leblon foram retirados da relação, enquanto o Complexo do Maracanã foi adicionado ao grupo de ativos que podem ser alienados.

Durante a discussão do relatório na Comissão de Constituição e Justiça, um deputado declarou que a medida tem potencial para reduzir os gastos do Estado, argumentando que o governo arca com altos custos de manutenção do Complexo do Maracanã, sem uma concessão de longo prazo.

De acordo com o deputado, o Executivo gasta, em média, R$ 1 milhão com cada partida realizada no estádio.

Flamengo e Fluminense possuem um contrato de concessão do Maracanã

Maracanã à Venda? Estado Avalia Alienação para Abater Dívida

Em setembro de 2024, o Flamengo e o Fluminense formalizaram um contrato de concessão com o governo estadual, com duração de 20 anos. Na estrutura do consórcio, o Flamengo detém 65% da participação e o Fluminense, 35%.

À época, o governador afirmou que a gestão esperava arrecadar R$ 186 milhões em investimentos no complexo.

Adicionalmente, a Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro iniciou, em outubro de 2025, uma análise técnica sobre a possibilidade de comercialização dos naming rights do Maracanã, a partir de uma iniciativa dos clubes.

O texto da Alerj também aponta que parte das áreas próximas ao estádio, como a da Aldeia Maracanã, não possui destinação social definida, o que reforçaria a inclusão do conjunto na lista de bens a serem alienados.

Entre os 62 imóveis listados, a maioria se concentra na zona norte (24) e no centro (18) da capital fluminense.

Além disso, o programa federal de pagamento de dívidas permite o uso de ativos públicos para abater valores devidos à União. No caso do Rio, o governo busca aderir ao plano e reduzir encargos financeiros futuros.

O relatório da Alerj segue agora para votação no plenário. Se aprovado, caberá ao governo estadual definir o modelo de alienação – venda, concessão ou parceria público-privada – e as condições para a transferência dos imóveis listados.

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