Venezuela acusa EUA de ‘roubo descarado’ após apreensão de petroleiro

Venezuela acusa EUA de 'roubo' após apreensão de petroleiro

Venezuela acusa EUA de roubo no episódio da apreensão de um navio petroleiro por forças norte-americanas na costa Venezuelana.

Tensão nas águas do Caribe

O governo venezuelano classificou a operação como um ‘roubo descarado’ e ‘pirataria internacional’. A interceptação ocorreu na quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, e foi realizada por equipes do FBI, ICE e Guarda Costeira dos EUA.

Segundo Washington, a apreensão foi justificada pelo fato de o navio estar transportando petróleo que está sob sanções internacionais. A Venezuela, por sua vez, vê a ação como mais um capítulo da política de agressão do governo norte-americano, liderado por Donald Trump, contra o país. Para o governo de Nicolás Maduro, a operação faz parte de um plano deliberado para saquear os recursos energéticos venezuelanos.

Repercussões políticas e econômicas

A apreensão do petroleiro não apenas gerou um embate diplomático, mas também teve desdobramentos econômicos imediatos. Após o incidente, os contratos futuros de petróleo registraram uma alta nos preços, refletindo a instabilidade e a incerteza geradas pela operação.

Em novembro, a Venezuela havia exportado mais de 900 mil barris de petróleo por dia, alcançando a terceira maior média mensal do ano, mesmo em meio às crescentes tensões com os Estados Unidos.

O governo venezuelano acusa os EUA de utilizarem o combate ao narcotráfico como pretexto para ações de caráter político e econômico. A administração de Nicolás Maduro alega que a apreensão do navio visa desviar a atenção internacional de outros eventos, como a viagem da opositora María Corina Machado à Noruega, onde recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Em seu discurso, Machado, representada por sua filha, criticou duramente o governo Maduro, acusando-o de opressão.

A resposta dos Estados Unidos

O presidente Donald Trump confirmou a apreensão do petroleiro em declarações a jornalistas, destacando a magnitude da operação. ‘Acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela, um petroleiro grande, muito grande, o maior de todos os tempos, na verdade, e outras coisas estão acontecendo’, afirmou Trump, sem entrar em detalhes sobre os próximos passos ou outras operações em andamento.

A Casa Branca mantém a posição de que as ações contra a Venezuela são parte de um esforço mais amplo para combater o narcotráfico e garantir o cumprimento das sanções internacionais. No entanto, críticos apontam que tais medidas têm um forte componente político, visando pressionar o governo de Nicolás Maduro e apoiar a oposição venezuelana.

Impactos na política interna venezuelana

Internamente, a apreensão do navio petroleiro reforça o discurso do governo Maduro sobre a interferência estrangeira nos assuntos venezuelanos. O presidente e seus aliados utilizam o episódio para galvanizar apoio interno, apresentando-se como vítimas de uma agressão externa injustificada.

A oposição, por sua vez, aproveita o momento para criticar a gestão de Maduro, apontando que as sanções e as tensões internacionais são resultado direto das políticas do governo atual. A figura de María Corina Machado, agora laureada com o Nobel da Paz, ganha ainda mais destaque, simbolizando a resistência contra o regime de Maduro e atraindo atenção internacional para a causa da oposição venezuelana.

A política de agressão do presidente norte-americano, Donald Trump, contra a Venezuela faz parte de um plano deliberado para saquear nossos recursos energéticos.

MêsExportação de Petróleo (barris/dia)
Novembro900.000

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