Tiranete: Eduardo Bolsonaro Ataca Moraes Após Prisão do Ex-Presidente

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) criticou duramente a decisão do ministro Alexandre de Moraes e o chamou de tiranete. O vídeo foi postado por causa da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em uma transmissão ao vivo realizada no domingo, 23 de novembro de 2025, o parlamentar proferiu ofensas contra o magistrado, referindo-se a ele como “tiranete de beira de estrada”.

Durante a live, que ultrapassou 40 minutos de duração, Eduardo Bolsonaro garantiu que sua família não se intimidará com as decisões judiciais. “Se ele acha que a gente vai parar, está enganado. A gente vai dobrar a aposta.

Vou trabalhar o resto da minha vida para expor o que ele faz”, declarou o deputado. Ele ainda acrescentou: “Porque você não passa de um tiranete de beira de estrada. Sem a sua caneta. Você é uma mariquinha.

Pode prender meu pai aí. Talvez vai condenar a morte. Lamento. É triste. Com certeza. Mas se você acha que aqui a gente vai parar, eu te garanto, a gente vai dobrar a aposta, porque a gente sabe como é que você é”.

Jair Bolsonaro foi detido no sábado, 22 de novembro, após a Polícia Federal (PF) apresentar ao STF novos elementos que indicariam risco de fuga e ameaça à ordem pública. A prisão ocorreu após o ex-presidente ter utilizado um ferro quente para tentar danificar sua tornozeleira eletrônica, dispositivo instalado após sua transferência para a prisão domiciliar. A violação do equipamento foi detectada à 0h08 daquele dia.

Na transmissão ao vivo, Eduardo Bolsonaro, que também é advogado, questionou a legalidade da decisão, alegando que “faltam argumentos” que justifiquem a medida cautelar.

Ele insinuou que Moraes já teria planejado a prisão antes mesmo do incidente com a tornozeleira, sugerindo que a escolha da data (22) para efetuar a prisão estaria relacionada ao número do partido do ex-presidente, o PL. “Ele tem uma histeria com o dia 22”, afirmou o deputado.

O parlamentar também contestou a alegação de que a tentativa de danificar o dispositivo eletrônico foi o principal motivo da prisão. Ele argumentou que seu pai “não chegou nem perto de arrebentar a tornozeleira” e comparou o caso ao do ex-presidente Fernando Collor, que, segundo ele, enfrentou suspeitas de violação sem ser preso preventivamente. Eduardo Bolsonaro classificou o ocorrido como “um pretexto para uma decisão que já estava pronta”.

A prisão de Jair Bolsonaro foi decretada após a tentativa de violar a tornozeleira eletrônica. De acordo com a decisão de Moraes, tal ação indica risco de fuga. O ex-presidente está detido na Superintendência da PF em Brasília e já passou por audiência de custódia.

Segundo o ministro, a ação de Bolsonaro teria sido facilitada pela vigília convocada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em frente ao condomínio onde o ex-presidente reside. Moraes argumentou que a mobilização poderia gerar “confusão” e criar condições para uma possível evasão. Ele também mencionou a proximidade da embaixada dos Estados Unidos – a aproximadamente 13 km – como um fator de risco adicional.

Na audiência de custódia, Bolsonaro alegou que tentou abrir o equipamento devido a um “surto” provocado pela combinação de medicamentos. A defesa do ex-presidente sustenta que houve “confusão mental” e que não houve intenção de fuga.

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