O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Trump, alivia tarifas sobre alimentos do setor agrícola, incluindo carne bovina, tomate, café, banana e açaí.
A medida elimina as chamadas tarifas recíprocas, buscando diminuir os custos para o consumidor americano. A decisão surge após resultados eleitorais locais desfavoráveis à administração e em meio a críticas de que a política tarifária de Trump elevou os preços nos EUA.
O decreto presidencial altera as taxas impostas inicialmente em abril e ajustadas em setembro. Embora represente um alívio, a medida não elimina completamente as tarifas adicionais, como a sobretaxa de 40% aplicada ao Brasil em julho.
Segundo o decreto, a decisão foi motivada pelo “progresso significativo” em acordos bilaterais com diversos países, incluindo Malásia, Camboja, Tailândia, Vietnã, Argentina, El Salvador, Equador, Guatemala, Reino Unido, União Europeia, Suíça, Japão e Coreia do Sul.
Os acordos visam melhorar o acesso a mercados para exportadores agrícolas dos EUA, especialmente em itens que não são produzidos em quantidades suficientes no país.
Mesmo com o alívio das Tarifas sobre Alimentos, no Brasil a queda será reduzida apenas de 50% para 40%.
A medida foi recebida com reações mistas. Membros da equipe econômica do governo brasileiro consideram a decisão positiva, mas insuficiente, ressaltando que a tarifa sobre produtos brasileiros será reduzida em apenas 10 pontos percentuais, caindo de 50% para 40%.
Exportadores de café brasileiros, que enfrentaram uma queda de 51,5% nas vendas para os EUA entre agosto e outubro, ainda aguardam análises detalhadas do impacto.
Enquanto a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) considerou a decisão “muito positiva”, a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) classificou as mudanças como “decepcionantes”, diante das expectativas criadas pelas recentes negociações bilaterais.
A Abrafrutas lamentou a exclusão da uva da lista de produtos beneficiados, especialmente após uma queda expressiva nas exportações da fruta para os EUA, Alertou a entidade do agronegócio.
