A segunda-feira (27) foi marcada por uma forte valorização nas bolsas internacionais e a soja dispara. O aumento foi impulsionado pela expectativa de um possível acordo comercial entre os Estados Unidos e a China.
Declarações indicando otimismo nas negociações, vindas de autoridades, geraram um clima positivo no mercado, levando os contratos futuros da soja a testarem resistências técnicas.
No entanto, o mercado brasileiro de soja apresentou uma reação discreta frente ao cenário global. Os preços da soja no Brasil registraram variações modestas. Em Passo Fundo (RS), a saca subiu de R$ 133,00 para R$ 134,00, enquanto em Santa Rosa (RS) passou de R$ 134,00 para R$ 135,00.
Cascavel (PR) manteve-se estável em R$ 134,00. Rondonópolis (MT) teve um leve aumento, de R$ 125,00 para R$ 125,50.
Dourados (MS), Rio Verde (GO) e Paranaguá (PR) não apresentaram alterações, permanecendo em R$ 125,50, R$ 125,00 e R$ 140,00, respectivamente. Rio Grande (RS) teve alta de R$ 140,00 para R$ 141,00.
Segundo analistas, os prêmios da soja caíram, especialmente para a safra nova, o que é um fator modesto para o agronegócio e também limitou os ajustes nas ofertas internas. A comercialização da commodity manteve o ritmo lento observado na semana anterior.
A avaliação é de que o mercado brasileiro já possui um volume significativo de vendas antecipadas, com line-ups de exportação robustos. Além disso, a indústria se encontra na fase final da temporada, o que restringe a oferta disponível. Para a safra nova, foram observadas apenas fixações pontuais.
A soja dispara em Chicago
Em Chicago, o contrato da soja em grão para novembro de 2025 fechou em alta de 2,44%, cotado a US$ 10,67¼ por bushel. Janeiro de 2026 avançou 2,33%, para US$ 10,85 por bushel.
O farelo, com vencimento em dezembro de 2025, teve ganho de 1,39%, atingindo US$ 298,20 por tonelada, enquanto o óleo subiu 0,99%, cotado a 50,77 centavos de dólar por libra-peso.
As inspeções de exportação norte-americana totalizaram 1.061.375 toneladas na semana encerrada em 23 de outubro. No acumulado do ano-safra, os embarques somam 6,7 milhões de toneladas.
No câmbio, o dólar comercial encerrou o dia com queda de 0,41%, cotado a R$ 5,3702 para venda.
