A soja dispara no mercado nesta quinta-feira, impulsionada pelo Acordo Bilionário EUA-China. O pacto foi firmado durante um encontro em Seul entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, no qual a China se comprometeu a adquirir grandes quantidades de soja, petróleo e gás dos EUA.
Em contrapartida, a China anunciou a suspensão temporária, válida por um ano, dos controles de exportação sobre terras raras. Este recurso estratégico vinha sendo utilizado como ferramenta de pressão nas negociações comerciais.
Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, a China se comprometeu a comprar 12 milhões de toneladas de soja americana até o final de 2025, e 25 milhões de toneladas anuais nos próximos três anos.
Além disso, outros países do Sudeste Asiático concordaram em adquirir um adicional de 19 milhões de toneladas de soja dos EUA, embora o período dessas aquisições não tenha sido especificado na realidade.
O Acordo Bilionário EUA-China Gerou volatilidade na Bolsa de Mercadorias de Chicago
O anúncio gerou volatilidade na Bolsa de Mercadorias de Chicago, mas o otimismo prevaleceu, com o grão fechando com alta de aproximadamente 1%. Apesar disso, analistas apontam que ainda existem dúvidas sobre os impactos reais do acordo em Seul.
Há incertezas se o volume de compras chinesas será suficiente para reduzir os estoques americanos, caso não haja revisão para baixo na safra dos Estados Unidos.
Ainda assim, os ganhos acumulados da soja na bolsa durante o mês de outubro giram em torno de 10%. Até o dia 30 de outubro, a posição para janeiro de 2025 teve um avanço de 8,5% no mês.
No mercado interno brasileiro, os aumentos internacionais não foram integralmente repassados. Os prêmios contiveram os preços, e os produtores do agronegócio aproveitaram momentos de alta para realizar vendas pontuais, mantendo um controle sobre a comercialização da soja.
