Em um encontro realizado em Joanesburgo, África do Sul, durante a Cúpula de Líderes do G20, Brasil-Alemanha superaram as críticas.
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, sinalizaram uma retomada das relações bilaterais. A reunião ocorreu após declarações de Merz sobre Belém, no Pará, gerarem desconforto.
De acordo com comunicado do Palácio do Planalto, Lula e Merz concordaram em fortalecer os laços comerciais, sociais, culturais e tecnológicos entre os dois países, ressaltando a longa história de proximidade desde o início da imigração alemã para o Brasil no século XIX.
Lula aceitou o convite de Merz para visitar Hannover, Alemanha, em abril de 2026, para a abertura da “maior feira de tecnologia industrial do mundo”, que terá o Brasil como país parceiro. O presidente brasileiro também estendeu um convite para que Merz realize uma visita de Estado ao Brasil.
Durante o encontro, o primeiro-ministro alemão reiterou o apoio da Alemanha à iniciativa brasileira de criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), um projeto voltado para a preservação ambiental, lançado pelo Brasil durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30). A Alemanha já anunciou um aporte de 1 bilhão de euros para o fundo.
A recente controvérsia surgiu após a participação de Merz na Cúpula de Líderes da COP30 em Belém. Na ocasião, ele afirmou que a Alemanha é um dos países “mais bonitos do mundo” e que os membros da comitiva “ficaram felizes por estar de volta daquele lugar”.
Em resposta, Lula defendeu o estado do Pará, argumentando que Berlim não oferece 10% da qualidade que o estado oferece. Ele chegou a sugerir que Merz deveria ter visitado um boteco local, dançado e provado a culinária paraense, para perceber a riqueza do estado.
Portanto, após a repercussão, um porta-voz do governo alemão afirmou que a fala de Merz sobre Belém foi tirada de contexto e se referia ao cansaço da comitiva após um voo noturno e um longo dia de trabalho.