Sobre a operação Policial no Rio, governadores de centro e de direita se reúnem nesta quinta-feira (30.out.2025) no Rio de Janeiro com o governador Cláudio Castro (PL).
O encontro ocorre após uma megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital fluminense, que resultou em 121 mortes, tornando-se a mais letal da história brasileira.
O objetivo dos governadores da oposição é expressar apoio a Castro e às suas políticas de combate ao crime organizado. A pauta da reunião inclui discussões sobre a troca de recursos na área de segurança pública. Estão confirmadas as presenças dos seguintes governadores e da vice-governadora:
- Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina;
- Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais;
- Ratinho Jr. (PSD), governador do Paraná;
- Eduardo Leite (PSD), governador do Rio Grande do Sul;
- Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás;
- Mauro Mendes (União Brasil), governador de Mato Grosso;
- Eduardo Riedel (PP), governador de Mato Grosso do Sul;
- Celina Leão (PP), vice-governadora de Brasília.
Na quarta-feira (29.out), Castro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciaram a criação de um escritório emergencial para enfrentar o crime organizado no estado.
Essa medida foi tomada após uma reunião entre autoridades estaduais e federais, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Operação Policial no Rio contou com diversos apoios

A iniciativa temporária será liderada pelo secretário de Segurança do Rio, Victor Santos. O governo federal disponibilizará para o estado: aumento do efetivo da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), especialistas (peritos criminais, médicos legistas, odontólogos e especialistas em balística), inteligência da Polícia Federal (PF) com apoio do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e da Receita Federal para intensificar operações de descapitalização do crime organizado, vagas em presídios federais para transferir líderes de facções, e apoio financeiro, cujo montante não foi especificado.
Lewandowski declarou que o governo federal não havia sido informado previamente sobre a operação policial. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informou que a superintendência da PF no Rio foi procurada pela Polícia Militar antes da operação, mas não repassou a informação às autoridades federais.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator temporário da ADPF das Favelas, determinou que o governador do Rio preste esclarecimentos sobre a operação em uma audiência na segunda-feira (3.nov).
Castro deverá comprovar que seu governo seguiu as regras sobre letalidade em ações policiais estabelecidas pelo STF em abril.
