O avião supersônico X-59 da NASA completou seu voo inaugural na última terça-feira, dia 28, na Califórnia. A Lockheed Martin, empresa parceira no projeto, confirmou que o experimento validou a aeronavegabilidade e a segurança do protótipo.
A decolagem ocorreu na Base da Força Aérea dos EUA em Palmdale, ao nascer do sol. O X-59 sobrevoou o deserto ao sul da Califórnia durante aproximadamente uma hora, acompanhado por outra aeronave, antes de pousar no Centro de Pesquisa de Voo Armstrong, em Edwards.
Durante o voo teste, o X-59 percorreu uma rota oval predefinida e apresentou o desempenho esperado, segundo a fabricante.
Embora projetado para atingir velocidades superiores a 1.400 km/h, o voo inaugural manteve velocidades subsônicas, alcançando 385 km/h. O objetivo principal era avaliar os sistemas de controle e estabilidade da aeronave.
Testes futuros aumentarão gradualmente a velocidade do X-59, testando a redução do estrondo sônico ao ultrapassar Mach 1,4.
O design do X-59 visa minimizar o ruído, produzindo apenas um “baque suave” ao romper a barreira do som, uma característica essencial para a viabilidade comercial de voos supersônicos.
Os próximos voos da aeronave da NASA irão auxiliar os limites de ruídos
Os próximos voos auxiliarão no estabelecimento de limites de ruído aceitáveis, abrindo caminho para uma nova geração de aeronaves supersônicas adaptadas às regulamentações locais, com o potencial de reduzir o tempo de viagem pela metade para passageiros e cargas.
De acordo com a Lockheed, os testes futuros do avião supersônico da NASA incluirão ajustes para atingir a velocidade e altitude ideais para o “estrondo silencioso”. O objetivo é voar a altitudes superiores a 16.000 metros e a velocidades de pelo menos 1.400 km/h.
Além de medir a assinatura sonora do jato, a espacial americana pretende avaliar a aceitação do público em relação ao ruído, passos cruciais para o futuro da iniciativa.
O protótipo X-59 poderá servir de base para a construção de aeronaves que marquem o retorno dos voos supersônicos, como o Concorde, que operou entre 1976 e 2003, realizando voos transatlânticos em apenas três horas.
