O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou nesta quinta-feira (30.out.2025) o imediato deslocamento de 20 peritos da Polícia Federal para o Rio de Janeiro.
A equipe atuará nas investigações da megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, zona norte da cidade, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais.
A medida, segundo o ministro, atende a uma solicitação formal do governo do Rio e representa o primeiro resultado concreto do escritório extraordinário recém-criado para integrar ações entre autoridades federais e estaduais.
“Nós vamos enviar 20 peritos da Polícia Federal especializados não só em necropsias, mas também em balística, exames de DNA. Acabo de falar com o governador, avisando que vamos enviar ao Rio imediatamente esse contingente”, declarou Lewandowski.
Lewandowski declarou que alguns peritos já estão no RJ.
O ministro acrescentou que alguns peritos já estão no estado e se apresentarão. A depender da necessidade, de 10 a 20 peritos da Força Nacional também poderão ser enviados.
Na quarta-feira (29.out), Lewandowski e o governador do Rio de Janeiro, anunciaram a criação do escritório emergencial para combater o crime organizado no estado. A iniciativa surgiu após uma reunião entre autoridades estaduais e federais, convocada pelo presidente da República.
Após a reunião, Lewandowski defendeu o “federalismo cooperativo” e a necessidade de superar “eventuais diferenças político-partidárias” no enfrentamento à crise de segurança.
Além do envio de peritos, o governo federal disponibilizou ao Rio de Janeiro: um escritório emergencial comandado por autoridades de segurança estadual e federal; aumento do efetivo da Força Nacional (sem detalhamento do número de agentes); reforço da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que já aumentou o efetivo em cerca de 50 integrantes; vagas em presídios federais para a transferência de lideranças do crime organizado (10 presos já foram transferidos); recursos adicionais (montante não especificado); peritos criminais, incluindo médicos legistas, odontólogos e especialistas em balística; e intensificação da inteligência da PF, com foco na descapitalização do crime organizado e apoio do Coaf e da Receita Federal.
