Instagram Amplifica Conteúdo Nocivo, para os adolescentes. Trata-se de um estudo interno da Meta que revelou insatisfação com a própria imagem corporal após usar o Instagram.
Esses estudos são expostos com frequência significativamente maior a conteúdos relacionados a distúrbios alimentares e comparações físicas.
Jovens nessa condição podem visualizar até três vezes mais publicações sobre dietas extremas, padrões de beleza inatingíveis e outros temas que promovem a autoimagem negativa.
A pesquisa, que acompanhou 1.149 adolescentes durante o ano letivo de 2023-2024, analisou a frequência com que os participantes se sentiam mal com o corpo após o uso da plataforma.
Os pesquisadores examinaram manualmente o conteúdo exibido para esses usuários durante um período de três meses, identificando uma disparidade considerável na exposição a conteúdos sensíveis.
Enquanto entre os 223 adolescentes que relataram insatisfação frequente com a própria aparência, 10,5% das publicações vistas eram relacionadas a transtornos alimentares ou insatisfação corporal, entre os demais participantes, esse tipo de conteúdo representava apenas 3,3% do total.

Além disso, o estudo apontou que o grupo de adolescentes mais afetados também era mais exposto a conteúdos classificados pela Meta como “temas adultos”, “comportamentos de risco”, “sofrimento” e “crueldade”.
O estudo também expôs falhas nos mecanismos de triagem do Instagram, indicando que 98,5% do conteúdo sensível considerado inadequado para menores não é detectado pelas ferramentas automáticas da empresa.
O relatório conclui que o Instagram expõe adolescentes vulneráveis a níveis elevados de conteúdo que consultores da própria empresa recomendam limitar, incluindo imagens de corpos excessivamente magros, vídeos de violência e conteúdos com mensagens de cunho depressivo.
Embora o estudo não estabeleça uma relação de causa e efeito direta entre o uso do Instagram e a insatisfação corporal, ele alerta para o potencial de dano e destaca a necessidade de aprimorar os sistemas de moderação e proteção da plataforma.
A Meta afirma que desde julho tem reduzido a exibição de conteúdos com restrição etária para adolescentes no Instagram.
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