O Google encerrou o projeto Privacy Sandbox, uma iniciativa que visava substituir os cookies de terceiros no Chrome por novas tecnologias de publicidade direcionadas a clientes.
O Sandbox prometia eliminar a necessidade de rastreamento individual e invasivo associado aos cookies, mas a empresa agora parece optar por um modelo de “escolha do usuário”, permitindo que os usuários aceitem ou neguem o armazenamento de seus dados.
A justificativa oficial para o cancelamento do projeto é que o Privacy Sandbox teve “baixos níveis de adoção” e que o feedback indicou que as tecnologias não forneciam valor suficiente para justificar a mudança.
A decisão do Google ocorre em um contexto de críticas de empresas como Apple e Microsoft, que alertaram sobre questões de segurança, privacidade e cookies relacionados ao uso do Chrome. O Privacy Sandbox estava diretamente ligado às preocupações de privacidade levantadas por essas empresas.
A primeira proposta do Sandbox, o FloC, que agruparia usuários com interesses de navegação semelhantes, foi alvo de críticas, inclusive da Apple, que o comparou a um ataque de rastreadores.
Preocupação dos órgãos reguladores com o Google

Foto de BoliviaInteligente na Unsplash
Órgãos reguladores, como o CMA do Reino Unido, também expressaram preocupações de que a iniciativa beneficiaria o ecossistema de anúncios do próprio Google.
Concorrentes temiam que a eliminação de cookies de terceiros permitisse que o Google usasse sua posição dominante para controlar o mercado de anúncios. Publicadores e anunciantes também consideraram a API complexa e com baixo desempenho.
Apesar do fim do Privacy Sandbox, o Chrome continua sendo o navegador mais popular do mundo, com 70% do mercado em dispositivos móveis e desktops.
A integração do navegador é apontada como um fator decisivo na escolha dos usuários. Microsoft com o Edge e Apple com o Safari continuam sendo os concorrentes diretos do Google Chrome.
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