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Gel Inovador Cura Feridas de Animais com Colágeno de Tilápia no Paraná

Pesquisadores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, desenvolveram um gel inovador que cura feridas em animais, utilizando um ativo derivado da pele de tilápia.

A pesquisa, conduzida por alunos e professores do Departamento de Ciências Farmacêuticas (Defar) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF), tem demonstrado resultados promissores, com redução visível na área das lesões já na primeira semana de tratamento.

O coordenador da pesquisa, professor Flavio Luís Beltrame, relata o sucesso do gel no tratamento de feridas em cães e gatos, enfatizando que o produto promove uma reestruturação da pele danificada.

Um aspecto importante destacado é que a pesquisa não envolve o sacrifício de tilápias vivas para a extração do colágeno. O processo de produção do gel envolve a utilização de um hidrolisado de peptídeos, obtido a partir do colágeno da tilápia.

Esse material é fornecido pelo laboratório do professor Eduardo César Meurer, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Campus de Jandaia do Sul, na forma líquida.

Na UEPG, o líquido passa por um processo de secagem, transformando-se em um pó que serve como o principal ativo farmacêutico do gel. Será um passo importante para quem lida com animais no campo do agronegócio e em todo o Brasil.

Estudos iniciais, incluindo análises in vitro e in vivo, revelaram que a aplicação do gel acelera a cicatrização de feridas e queimaduras em comparação com outros métodos.

O Gel Inovador que Cura Feridas em Animais foram testados em outros animais

Ensaios clínicos e testes pré-clínicos em ratos e camundongos, todos devidamente autorizados pelo Comitê de Ética em Pesquisa, também apresentaram resultados de cicatrização significativos.

Atualmente, a equipe de pesquisa está conduzindo estudos adicionais para analisar a estabilidade físico-química do gel, além de realizar ensaios clínicos veterinários.

Além disso, o objetivo é avaliar a eficácia do produto no tratamento de diferentes tipos de feridas em animais, incluindo aquelas decorrentes de procedimentos cirúrgicos ou traumas.

Os pesquisadores transformam o hidrolisado em pó para facilitar a manipulação, possibilitando a criação de diversas formas farmacêuticas. A mestranda Ana Carolina Ventura está testando o hidrogel e avaliando seu prazo de validade e comportamento em diferentes condições de temperatura e umidade.

Os animais tratados com o hidrogel, aplicado duas vezes ao dia, apresentam melhora e retração do tecido ferido em cerca de uma semana. A duração total do tratamento pode variar, dependendo do estado de saúde do animal, mas geralmente leva em torno de 35 dias.

Recentemente, a equipe recebeu reconhecimento no Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime), da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), recebendo um certificado de excelência e um valor para investir no processo de extração da proteína e produção de outros produtos, visando ampliar seu portfólio.

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