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Gato-maracajá atropelado retorna à natureza após meses de reabilitação no Paraná

Após um longo período de recuperação, um gato-maracajá, foi devolvido ao seu habitat natural no Oeste do Paraná.

A jornada de reabilitação do felino começou em abril deste ano, quando ele foi vítima de um atropelamento na BR-487, próximo a Capitão Leônidas Marques, no oeste do Paraná. O animal, uma fêmea adulta pesando cerca de três quilos, foi encontrado em uma situação crítica, com uma das patas dianteiras quebrada.

O resgate do felino foi realizado por técnicos do Instituto Água e Terra (IAT), que foram acionados após o animal ser descoberto refugiado dentro do veículo que o atropelou, estacionado em uma oficina mecânica da região. A partir daí, iniciou-se uma complexa operação de resgate e tratamento para garantir a recuperação completa do gato-maracajá.

Tratamento intensivo e recuperação

Após o resgate, o felino foi encaminhado para o Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) do Centro Universitário Univel, localizado em Cascavel. Lá, a gata-maracajá passou por um tratamento intensivo que incluiu duas cirurgias.

A primeira intervenção cirúrgica foi crucial para estabilizar a fratura, com a inserção de uma placa no osso da pata afetada. Depois de um período de observação e recuperação, a placa foi removida em uma segunda cirurgia, confirmando a calcificação adequada do osso.

A recuperação não se limitou aos procedimentos cirúrgicos. Após as operações, o felino passou por uma fase de reabilitação em um recinto do Zoológico Municipal de Cascavel.

Durante um mês, o animal trabalhou para recuperar a massa muscular e a mobilidade necessárias para sobreviver na natureza. Este período foi fundamental para garantir que o instinto de defesa e as habilidades de caça do gato-maracajá fossem preservados.

Características do Leopardus wiedii (Gato-maracajá)

O Leopardus wiedii, conhecido popularmente como gato-maracajá, é um felino silvestre que pode ser encontrado em quase todo o território brasileiro, exceto na região da caatinga. Este animal possui hábitos noturnos e é notável por suas habilidades de escalada em árvores, o que o torna um caçador eficiente em seu habitat natural.

No entanto, uma das características distintivas do gato-maracajá é sua cauda longa, que supera o comprimento de seus membros posteriores, proporcionando equilíbrio durante suas escaladas. Sua pelagem é predominantemente de um amarelo-escuro na parte superior do corpo e na parte externa dos membros, o que lhe confere uma camuflagem eficaz nas florestas.

Importância do resgate e conscientização

A história de recuperação do gato-maracajá não só destaca a importância dos esforços de resgate e reabilitação de animais silvestres, mas também serve como um alerta sobre os perigos enfrentados por essas espécies devido à ação humana. Atropelamentos em rodovias são uma ameaça constante à fauna silvestre, e a conscientização sobre a preservação desses animais é essencial.

Além disso, Vinicius Góes, coordenador do setor de fauna do escritório regional do IAT de Cascavel, destacou a importância do processo de reabilitação: ‘Foi um processo longo, mas uma soltura bem-sucedida. Conseguimos devolver o gato-maracajá com instinto de defesa preservado e a mobilidade necessária para que consiga caçar presas vivas’.

Como ajudar animais silvestres em perigo como no caso do Gato-maracajá

Caso um cidadão encontre animais machucados, vítimas de maus-tratos, tráfico ilegal ou cativeiro irregular, é crucial agir rapidamente para garantir a segurança e o bem-estar do animal. O Instituto Água e Terra (IAT) e a Polícia Militar do Paraná são as principais entidades responsáveis por lidar com essas situações.

Portanto, os cidadãos podem entrar em contato com a Ouvidoria do IAT ou da Polícia Militar do Paraná para relatar ocorrências. Alternativamente, o Disque Denúncia 181 está disponível para receber informações detalhadas sobre a localização e a condição do animal.

Por fim, quanto mais precisas forem as informações fornecidas, mais eficaz será a resposta das equipes de resgate.

Foi um processo longo, mas uma soltura bem-sucedida. Conseguimos devolver o gato-maracajá com instinto de defesa preservado e a mobilidade necessária para que consiga caçar presas vivas.

EspécieNome CientíficoPesoHabitatCaracterísticas
Gato-maracajáLeopardus wiedii3 kgFlorestas do Brasil (exceto caatinga)Cauda longa, pelagem amarelo-escura, hábitos noturnos

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