A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) formalizou a cessão de uma nova planta produtiva, visando ampliar a capacidade de produção de insumos e kits diagnósticos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
A fábrica, localizada em Jacarepaguá, Zona Sudoeste do Rio de Janeiro, pertence à empresa francesa bioMérieux e será cedida à Fiocruz por um período inicial de dez anos.
A bioMérieux, fornecedora da saúde pública desde a década de 70, propôs a cessão da planta devido à redefinição de seu modelo de negócio no país, optando por ceder a unidade industrial à fundação em vez de fechá-la.
A empresa e a Fiocruz já mantêm acordos, incluindo um memorando de entendimento assinado em junho para cooperação em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica. A operação da Fiocruz no local está programada para começar em março de 2026, com a produção da linha de testes rápidos.
Portanto, o novo campus será ligado ao Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), unidade responsável pela pesquisa, desenvolvimento e produção de vacinas, kits para diagnóstico, biofármacos e terapias avançadas destinados prioritariamente ao SUS.
Na fábrica, será possível realizar todas as etapas de produção dos testes, desde o corte até o processamento final e montagem, incluindo áreas dedicadas ao controle de qualidade, testes de estabilidade e produção de painéis para avaliação externa.
A Fiocruz espera que a iniciativa reduza o tempo de produção, fortaleça a autonomia nacional em diagnósticos e aprimore a resposta do Brasil em situações de emergências sanitárias.
Além disso, segundo o presidente da fundação, Mario Moreira, a ação é um passo estratégico para ampliar a capacidade nacional de produção e inovação em diagnósticos, ofertando ferramentas diagnósticas precisas, tempestivas e sustentáveis para o enfrentamento de emergências sanitárias.