O ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro manifestou sua insatisfação com o cancelamento de seu passaporte diplomático.
Cancelamento do passaporte diplomático
Ocorrido logo após a cassação de seu mandato pela Câmara dos Deputados. Em suas redes sociais, Eduardo afirmou que a medida visa impedir sua permanência no exterior, onde se encontra desde fevereiro de 2025.
Eduardo, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF), expressou sua convicção de que há uma intenção deliberada de bloqueá-lo fora do Brasil. Ele destacou que a notícia do cancelamento do passaporte veio imediatamente após a perda de seu mandato, reforçando sua suspeita de que há um movimento para dificultar sua mobilidade internacional.
Acusações e suspeitas
Em uma publicação na rede social X, Eduardo Bolsonaro sugeriu que o ministro do STF Alexandre de Moraes poderia ter emitido uma ‘ordem secreta’ para impedir a emissão de um passaporte comum em seu nome. Segundo ele, esta seria uma tentativa de restringir ainda mais sua capacidade de viajar para fora do país.
Eduardo declarou que, com a cassação de seu mandato, ele se vê obrigado a devolver o passaporte diplomático, um documento concedido a todos os congressistas em exercício. No entanto, ele acredita que há uma estratégia para impedir que ele obtenha um novo passaporte brasileiro, o que o levou a considerar outras alternativas.
Alternativas para permanecer no exterior
Em entrevista ao Jornal do SBT News, Eduardo Bolsonaro revelou que está avaliando a possibilidade de solicitar um ‘passaporte apátrida’ para continuar residindo nos Estados Unidos. Essa decisão estaria ligada à devolução do passaporte diplomático e à suposta dificuldade de obter um novo documento brasileiro.
Eduardo afirmou que, mesmo sem o passaporte brasileiro, ele possui outros meios para realizar viagens internacionais. Ele mencionou que está ‘vacinado’ contra essas adversidades, indicando que já possui planos para contornar as restrições impostas pela perda do passaporte diplomático.
Cassação por excesso de faltas
A cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro foi justificada pelo excesso de faltas às sessões da Câmara dos Deputados em 2025. Desde fevereiro daquele ano, ele está autoexilado nos Estados Unidos, o que resultou em 63 ausências nas 78 sessões deliberativas realizadas ao longo do ano.
A decisão de cassação foi tomada pela Câmara, que determinou que Eduardo devolvesse o passaporte diplomático, conforme as regras vigentes para parlamentares que perdem o mandato. A partir desse ponto, ele teria a opção de solicitar um passaporte comum, mas alega enfrentar obstáculos para obtê-lo.
Repercussão e contexto político
A situação de Eduardo Bolsonaro ocorre em um contexto político conturbado, marcado por tensões entre o ex-deputado e o Supremo Tribunal Federal. As acusações contra ele, somadas à perda do mandato, intensificam o debate sobre a relação entre o Judiciário e figuras políticas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, o cancelamento do passaporte diplomático de Eduardo é visto por seus apoiadores como uma tentativa de silenciá-lo e limitar sua atuação política. Por outro lado, críticos argumentam que as medidas são uma consequência natural de seu afastamento das atividades parlamentares e das acusações que enfrenta.
No dia seguinte à cassação de meu mandato veio a notícia do cancelamento do meu passaporte. Não se engane, desde sempre a intenção é me bloquear no exterior.