O Presidente Donald Trump intensificou a busca dos Estados Unidos por minerais críticos, recebendo na quinta-feira líderes de cinco nações da Ásia Central – Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão – na Casa Branca. O encontro teve como foco o fortalecimento das cadeias de suprimento e a expansão dos acordos econômicos.
Trump enfatizou a importância estratégica da região, destacando sua vasta riqueza em recursos naturais em um momento crucial em que os EUA buscam diversificar suas fontes de minerais utilizados em setores como energia, defesa e tecnologia. “Um dos principais pontos da nossa agenda são os minerais críticos”, declarou o presidente.
Segundo ele, sua administração tem trabalhado para reforçar a segurança econômica dos Estados Unidos através de acordos com aliados e parceiros globais, visando expandir as cadeias de suprimento de minerais críticos.
A competição pelo acesso às reservas de urânio, cobre, ouro e terras raras da Ásia Central tem se intensificado nos últimos anos.
Embora esses países mantenham laços econômicos com a Rússia e recebam investimentos crescentes da China, Washington busca aumentar sua influência através de acordos governamentais e comerciais que garantam o fornecimento contínuo desses materiais.
O Presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, descreveu a reunião como “o início de uma nova era de interação entre os Estados Unidos e a Ásia Central”. O Cazaquistão também aderiu aos Acordos de Abraão, aproximando-se de Israel.
O Presidente do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev, elogiou Trump, chamando-o de “presidente do mundo” e propôs a criação de uma secretaria permanente do grupo na região.
Donald Trump falou sobre o investimento do Uzbequistão
Trump informou que o Uzbequistão planeja investir e adquirir mais de US$ 100 bilhões em setores norte-americanos ligados a minerais críticos, peças automotivas e aviação na próxima década.
A reunião se enquadra no formato C5+1, estabelecido em 2015 para promover a cooperação entre os EUA e os países da Ásia Central em áreas como economia, energia e segurança.
Entre os anúncios, destaca-se um acordo para a venda de até 37 aeronaves Boeing para companhias aéreas do Cazaquistão, Tadjiquistão e Uzbequistão.
Além disso, foi anunciada uma parceria entre a empresa americana Cove Capital e o governo do Cazaquistão para a exploração de tungstênio.
Cazaquistão e Uzbequistão, juntos, respondem por mais da metade da produção mundial de urânio. Em 2024, o Cazaquistão foi responsável por quase 40% da produção global. Para Washington, a diversificação é considerada urgente, uma vez que cerca de 20% do urânio importado pelos EUA provém da Rússia.