A primeira semana de dezembro trará uma montanha-russa climática para o país. Um cavado atmosférico e a formação de um ciclone extratropical entre as regiões Sul e Sudeste prometem agitar o tempo entre os dias 1 e 5 de dezembro.
Enquanto algumas áreas se preparam para temporais, rajadas de vento e granizo, outras enfrentam a falta de chuva para manter a umidade do solo. Produtores devem ficar atentos ao ritmo do trabalho no campo, ao manejo das plantações e à proteção do gado durante os períodos de calor intenso.
No Sul, o Rio Grande do Sul já sente instabilidades com pancadas moderadas a fortes e risco de temporais. A chuva avança para Santa Catarina e Paraná ao longo do dia. As temperaturas sobem no Rio Grande do Sul e o calor se intensifica no Paraná, enquanto Santa Catarina mantém um clima mais ameno.
Além disso, há risco de granizo e ventos fortes no oeste dos três estados. Um novo ciclone extratropical na terça-feira mantém o alerta para temporais. A chuva prevista, entre 20 e 30 milímetros, pode gerar restrição hídrica no sul gaúcho.
A partir de quarta-feira, o calor predomina com máximas acima de 30°C, exigindo hidratação redobrada. O tempo mais firme favorece a semeadura de arroz, milho, soja e feijão, além da colheita de cultivos de inverno.
No Sudeste, pancadas são esperadas no oeste e noroeste de Minas Gerais, avançando para o Triângulo Mineiro e noroeste de São Paulo durante a tarde. No nordeste e sul paulista, a chuva chega no fim da tarde e à noite.
As temperaturas permanecem elevadas. Entre terça e quarta-feira, o ciclone extratropical aumenta o risco de temporais e granizo nos quatro estados. O centro-norte de Minas e o Espírito Santo devem receber chuvas volumosas, acima de 150 milímetros, o que pode atrapalhar o trabalho no campo.
Em São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas, incluindo o Triângulo Mineiro, a chuva deve ficar entre 40 e 60 milímetros, ajudando a repor a umidade sem impedir o trabalho nas lavouras. A volta da chuva beneficia a semeadura da soja, do feijão e do milho da primeira safra.
No Centro-Oeste, instabilidades aparecem no norte e noroeste da região, além de pontos isolados em Goiás. As pancadas ganham força no norte e oeste de Mato Grosso, enquanto uma área de baixa pressão vinda do Paraguai intensifica a formação de temporais em Mato Grosso do Sul.
Portanto, a região terá um início de semana extremamente quente, com temperaturas entre 38°C e 40°C em Mato Grosso do Sul, Goiás e sul de Mato Grosso, aumentando o risco de estresse térmico para o gado. A partir de terça-feira, o ciclone extratropical contribui para a formação de um corredor de umidade, com uma semana mais chuvosa.
Com as temperaturas altas em dezembro, ocorrerá muita chuva
Os acumulados podem chegar a 80 milímetros em Mato Grosso e Goiás. Em Mato Grosso do Sul, há risco de tempestades com granizo e ventos acima de 100 km/h. A chuva deve atingir cerca de 40 milímetros, suficiente para melhorar a umidade do solo e beneficiar o avanço da semeadura de soja, milho, feijão e arroz.
No Nordeste, são previstas pancadas fracas no sul, litoral e oeste da Bahia. No sul do Maranhão e do Piauí, a chuva será moderada a forte, principalmente no Maranhão. Nas demais áreas, o tempo firme predomina e a umidade relativa permanece baixa, principalmente no interior.
No sul do Maranhão, sul do Piauí e Bahia, os acumulados ficam entre 40 e 60 milímetros, mantendo boas condições de umidade no solo. No restante da região, o tempo será quente e seco, com destaque para o centro-norte do Piauí, onde as máximas podem chegar a 40°C, elevando o risco de incêndios.
No Norte, as instabilidades diminuem no leste do Amazonas e em Roraima, mas permanecem na metade oeste do Amazonas, além do Acre e Rondônia, com chuva moderada a forte e risco de temporais. No sul do Pará e no Tocantins, as pancadas seguem ocorrendo, enquanto no Amapá e grande parte do Pará o tempo mais estável predomina.
As temperaturas permanecem altas e o tempo abafado em quase toda a região. No norte do Pará e no Amapá, as máximas podem atingir 40°C, aumentando o risco de incêndios. Em Rondônia e Tocantins, os acumulados podem superar 100 milímetros em cinco dias.
Por fim, no centro-sul do Pará, Acre, Roraima e Amazonas, a chuva deve ficar entre 40 e 60 milímetros, mantendo a umidade do solo sem prejudicar as operações de campo em dezembro no agronegócio.
