A República Dominicana anunciou o adiamento da Cúpula das Américas, originalmente agendada para dezembro deste ano, para 2026. A decisão foi justificada pelo governo dominicano devido às “profundas divisões” que, segundo a nota oficial, “dificultam o diálogo produtivo nas Américas”.
O comunicado oficial indica que a decisão de adiar o evento foi tomada em conjunto com “parceiros mais próximos, incluindo os Estados Unidos”, país considerado o idealizador original do fórum.
Além disso, também foram consultados representantes de instituições internacionais cruciais para a organização da Cúpula, como o Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O anúncio surge em um período de tensões regionais, marcado por um aumento da presença militar dos EUA no Caribe e ações contra embarcações, que o governo americano alega estarem envolvidas com tráfico de drogas.
Em setembro, a República Dominicana já havia sinalizado um possível clima de tensão ao anunciar que Cuba, Nicarágua e Venezuela não seriam convidados para a cúpula.
Portanto, a justificativa para a exclusão foi que esses países “por diversas razões, haviam decidido não fazer parte da OEA e tampouco participaram da edição passada”.
A Cúpula das Américas é um encontro de alto nível que reúne Chefes de Estado e de Governo de países do continente americano, visando promover o diálogo político. A primeira edição ocorreu em Miami, em 1994, e a mais recente foi realizada em Los Angeles, em junho de 2022.
Por fim, o Ministério das Relações Exteriores da República Dominicana ainda não divulgou a nova data para a realização da cúpula em 2026.
O que é a Cúpula das Américas?
A Cúpula das Américas é um fórum bienal que reúne líderes dos 35 países do continente americano para discutir temas cruciais como democracia, direitos humanos e desenvolvimento sustentável. Iniciada em 1994, nos Estados Unidos, a iniciativa promove diálogo e cooperação regional.
Além disso, eventos como a edição de 2022 em Los Angeles destacaram a inclusão de nações indígenas e a luta contra a migração irregular. Assim, fortalece laços hemisféricos para um futuro mais equitativo.