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    Categorias: Política

Ciro Gomes Surpreende e Retorna ao PSDB Visando Governo do Ceará em 2026

Raul Holderf Nascimento

Ciro Gomes oficializou sua filiação ao PSDB nesta quarta-feira, às 13h, com o objetivo de disputar o governo do Ceará nas eleições de 2026. A mudança marca um retorno do ex-governador ao partido que liderou entre 1991 e 1994.

Aos 67 anos, Gomes encerrou um ciclo de dez anos no PDT ao entregar sua carta de desfiliação na última sexta-feira. Essa é a sétima troca partidária em sua trajetória política.

A saída do PDT ocorreu em meio a divergências sobre as estratégias eleitorais para 2026. Ciro manifestou oposição ao apoio do partido à reeleição do atual governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), com quem deverá concorrer diretamente. O PT está no comando do executivo cearense desde 2015.

Além disso, no PSDB, Ciro pretende focar sua campanha na oposição ao PT, expressando descontentamento com a adesão do PDT à base do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

A aproximação com o PSDB foi articulada por Tasso Jereissati, figura proeminente do partido no Ceará. Segundo fontes próximas, Ciro considera o PSDB o “partido certo” para seu novo projeto político.

Ciro Gomes já foi candidato à Presidência da República em quatro ocasiões (1998, 2002, 2018 e 2022). Em suas duas últimas candidaturas, pelo PDT, obteve o quarto lugar, com 3% dos votos válidos na eleição mais recente.

Ciro Gomes não tem intenção de ser presidente

Apesar da mudança partidária, o ex-ministro já declarou que não tem intenção de concorrer novamente à presidência.

Desde as eleições municipais de 2024, Ciro intensificou sua oposição ao PT, buscando diálogo com lideranças do centro e do campo bolsonarista.

Antes do PDT, o político passou por outras cinco legendas: PDS, PMDB, PPS, PSB e Pros.

O PSDB, agora o novo partido de Ciro, enfrenta um declínio. O partido já teve quase 10 mil filiados com mandatos eletivos entre 1998 e 2000, mas esse número caiu para 3.330 em 2025, representando uma redução de 66%.

Com a saída de Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul, para o PP em agosto, o PSDB não comanda mais nenhum estado ou o Distrito Federal, um marco inédito em sua história.

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