Smartphones e Adolescentes: Estudo Alerta para Riscos de Depressão e Obesidade

Celulares e Adolescentes: estudo alerta para riscos de depressão

Um novo estudo dos Institutos Nacionais de Saúde revela que a posse de celulares na pré-adolescência pode estar associada a um aumento significativo nos riscos de depressão, obesidade e problemas de sono. A pesquisa, realizada em colaboração com o departamento de Avaliações do Estudo de Desenvolvimento Cognitivo do Cérebro Adolescente, entrevistou mais de 10 mil crianças entre 2016 e 2022.

Os resultados indicam que uma parcela considerável desses jovens já possui um smartphone próprio antes dos 11 anos. A análise comparativa entre os usuários e não usuários de smartphones revelou uma correlação preocupante com a saúde.

As estatísticas apontam para um aumento de 31% nas chances de depressão, 40% de chances de obesidade e um aumento de 62% em problemas relacionados ao sono insuficiente entre pré-adolescentes que possuem smartphones.

A pesquisa enfatiza que o problema parece estar mais ligado à posse do aparelho em si do que ao tempo total gasto em telas. Mesmo após ajustar os dados para considerar a utilização de outros dispositivos como tablets e smartwatches, a associação entre o smartphone e os problemas de saúde persistiu de forma significativa.

Além disso, a portabilidade e a ampla gama de funcionalidades oferecidas pelos smartphones são apontadas como fatores contribuintes para os riscos. A facilidade de acesso à internet e o potencial para interações sociais complexas, além de conteúdo inadequado para a idade, podem expor as crianças a situações para as quais não estão preparadas.

O estudo também observou que crianças do sexo feminino, negras ou hispânicas, e aquelas provenientes de famílias de baixa renda, são mais propensas a possuir smartphones.

Portanto, embora o levantamento não demonize o uso de smartphones, ele ressalta a importância da supervisão dedicada ao uso desses dispositivos por crianças. Atualmente, não existem diretrizes oficiais que estabeleçam uma idade ideal para que um pré-adolescente receba seu primeiro smartphone.

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