Uma startup carioca desenvolveu uma tecnologia inovadora para acelerar a regeneração de ambientes aquáticos, chamadas “caravelas ecológicas”. são plataformas flutuantes construídas com plástico, projetadas para cultivar algas que removem nutrientes e poluentes da água. Essas estruturas também funcionam como estações de coleta de dados ambientais.
Impulsionadas por painéis solares e equipadas com LEDs que estendem o processo de fotossíntese durante a noite, as caravelas operam continuamente na filtragem da água. O projeto, idealizado há seis anos por um oceanógrafo e seus sócios, busca transformar pesquisas acadêmicas em soluções práticas para a revitalização de ecossistemas aquáticos.
O modelo de negócio da startup se baseia no aluguel das plataformas, atendendo tanto clientes técnicos, como portos e hidrelétricas, quanto empresas interessadas em fortalecer suas iniciativas de ESG (Environmental, Social and Governance).
Em 2025, a empresa fechou seus três primeiros contratos. Atualmente, seis caravelas estão em operação em diferentes regiões, incluindo a Orla do Guaíba em Porto Alegre e a Lagoa da Pampulha em Belo Horizonte. Em apenas três meses, quatro unidades filtraram o equivalente a 104 piscinas olímpicas.
Além da purificação da água, o projeto gera impacto socioambiental positivo através do reaproveitamento da biomassa de algas coletada quinzenalmente. Essa biomassa é transformada em compostagem, biofertilizantes e até cerâmicas, dependendo da região.
Na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, onde uma das caravelas está em operação, a tecnologia tem despertado o interesse de crianças e visitantes, reforçando seu papel educativo.
O objetivo da startup é expandir a presença das caravelas ecológicas para rios e lagos em todo o país.