O câncer de pele continua a ser o tipo de câncer mais comum no Brasil, exigindo atenção constante da população.
A prevalência do câncer de pele no Brasil
Em 2023, a previsão é que a doença atinja 704 mil novos casos, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), englobando tanto carcinomas quanto melanomas.
Diante desse cenário alarmante, especialistas enfatizam a importância da observação regular da pele e da prevenção contínua como fatores cruciais para o diagnóstico precoce e o aumento das chances de cura. O câncer de pele, apesar de sua alta incidência, pode ser prevenido e, quando detectado precocemente, tem um alto índice de cura.
Identificação precoce e sinais de alerta
Profissionais do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), em São Paulo, alertam que qualquer ferida que não cicatrize em até quatro semanas deve ser investigada. Esse aviso se aplica a manchas, pintas ou lesões que parecem simples, mas apresentam mudanças ao longo do tempo.
Existem três tipos principais de câncer de pele, cada um com características distintas. O carcinoma basocelular, o mais comum, geralmente aparece como uma ferida que não cicatriza. O carcinoma espinocelular pode surgir como uma casquinha que sangra, uma área áspera ou uma verruga que cresce rapidamente. Já o melanoma, embora menos frequente, é o mais agressivo e se manifesta como uma pinta nova ou uma lesão que muda de tamanho, forma ou cor.
A importância do autoexame e da regra ABCDE
A dermatologista Bethânia Cavalli, responsável pelo Ambulatório de Oncologia Cutânea do HSPE, explica que o melanoma muitas vezes começa como uma mancha discreta, que difere das demais pintas e pode ser ignorada. Uma das formas mais eficazes de identificar sinais suspeitos é seguir a regra ABCDE, um método de autoexame que avalia cinco critérios: assimetria, bordas irregulares, variação de cor, diâmetro maior que 6 milímetros e evolução da lesão.
Ao notar qualquer alteração nesses aspectos, é fundamental procurar um dermatologista. O autoexame regular é uma prática simples, mas poderosa, que pode levar à detecção precoce e, consequentemente, a um tratamento mais eficaz.
Prevenção e proteção contra o câncer de pele
Embora o câncer de pele seja comum, ele pode ser prevenido. A exposição solar acumulada ao longo da vida é um dos principais fatores de risco, tornando a proteção diária indispensável. Recomenda-se o uso de protetor solar todos os dias, mesmo em períodos nublados, além de chapéus, bonés, roupas com proteção UV e óculos de sol.
É crucial evitar a exposição direta ao sol entre 10h e 16h, e não esquecer de proteger áreas como orelhas, pescoço, nuca, couro cabeludo e pés. Pessoas de pele clara, olhos claros, histórico familiar ou exposição solar intensa devem redobrar os cuidados e consultar um dermatologista pelo menos uma vez por ano.
Tecnologia e avanços no diagnóstico
No HSPE, pacientes com alto risco de desenvolver câncer de pele passam por avaliações detalhadas com o auxílio da dermatoscopia digital, uma tecnologia que permite analisar a estrutura da pele com maior precisão. Esse exame aumenta a segurança e a rapidez no diagnóstico, destacando-se como uma ferramenta valiosa na luta contra a doença.
Além disso, a mensagem dos especialistas é clara: observar a própria pele, proteger-se do sol e buscar orientação médica ao menor sinal de mudança são atitudes simples que podem salvar vidas.
Portanto, a conscientização e a educação sobre o câncer de pele são fundamentais para reduzir a incidência e melhorar os resultados do tratamento.
Observar a própria pele, proteger-se do sol e buscar orientação médica ao menor sinal de mudança são atitudes simples que podem salvar vidas.
| Tipo de Câncer de Pele | Características |
|---|---|
| Carcinoma Basocelular | Ferida que não cicatriza |
| Carcinoma Espinocelular | Casquinha que sangra, área áspera, verruga |
| Melanoma | Pinta nova ou lesão que muda de tamanho, forma ou cor |
