A Bolsa Brasileira celebrou o encerramento de novembro renovando seu recorde histórico, impulsionada pelo Ibovespa que se aproximou dos 160 mil pontos. A trajetória de queda do dólar também marcou o mês, refletindo um aumento significativo no fluxo de capital estrangeiro para o país.
Na última sexta-feira, o Ibovespa registrou uma alta de 0,45%, atingindo 159.072 pontos, confirmando a marca recorde já observada na semana. O desempenho mensal acumulado atingiu 6,37%, representando o melhor resultado desde agosto de 2024. No acumulado do ano, o índice já contabiliza uma valorização de 32,25%.
Apesar do cenário positivo, a performance das ações da Petrobras limitou um avanço ainda maior do índice. A revisão para baixo do plano de investimentos da estatal até 2030 impactou negativamente seus papéis, com as ações ordinárias e preferenciais apresentando quedas de 2,45% e 1,88%, respectivamente. No entanto, setores como bancos, mineração e exportação de commodities garantiram a sustentação do Ibovespa.
Analistas de mercado atribuem o bom momento ao fluxo de recursos internacionais direcionados para economias emergentes e a uma percepção mais favorável do cenário doméstico. A redução da taxa de desemprego para 5,4% no trimestre encerrado em outubro, o menor nível desde 2012, corroborou esse ambiente otimista.
A bolsa Brasileira encerrou a sexta-feira com o dólar em queda
O dólar comercial encerrou a sexta-feira cotado a R$ 5,335, registrando uma queda de 0,31% no dia. Ao longo de novembro, a moeda americana recuou 0,82%, acumulando uma baixa de 13,67% em 2025.
A menor movimentação nos mercados dos Estados Unidos, devido ao feriado de Ação de Graças, ampliou a influência do fluxo estrangeiro no mercado brasileiro, favorecendo o real. A busca de investidores internacionais por ativos de países emergentes também contribuiu para a desvalorização da moeda.
Fatores internos também influenciaram o mercado. A disputa em torno da formação da Ptax, taxa utilizada para correção de parte da dívida pública atrelada ao câmbio, gerou volatilidade e exerceu pressão sobre o dólar no final das negociações.
O mês se encerra com um cenário de bolsa em alta e dólar em baixa, em um ambiente que permanece dependente do comportamento dos fluxos externos e dos próximos indicadores da economia brasileira.