O Fundo Amazônia receberá um aporte de 5 milhões de francos suíços, o equivalente a aproximadamente R$ 33 milhões, provenientes da Suíça.
O anúncio foi feito neste domingo, durante o evento “Presença Suíça na COP30”, em Belém, pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima e pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Criado em 2008, o Fundo Amazônia visa apoiar projetos e ações de combate ao desmatamento, promoção do desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida da população na Amazônia Legal.
O fundo, administrado pelo BNDES, é financiado por doações não reembolsáveis de governos estrangeiros e empresas nacionais.
Após um período de paralisação, as atividades do Fundo Amazônia foram retomadas em 2023. A iniciativa também oferece suporte ao desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no Brasil e em outras nações tropicais.
Até o momento, o fundo já financiou 144 projetos, beneficiando mais de 600 organizações comunitárias e cerca de 260 mil pessoas.
As ações apoiadas pelo fundo da Amazônia visam fortalecer a bioeconomia
As ações apoiadas pelo Fundo Amazônia visam fortalecer o manejo florestal, a bioeconomia, a inclusão produtiva, a valorização dos conhecimentos tradicionais e o fortalecimento de comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas.
O anúncio da doação suíça precede a abertura da COP30 em Belém, que contará com a participação de 194 países, além da União Europeia.
As negociações da conferência terão como foco as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), metas de mitigação estabelecidas pelos países para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
O Brasil se comprometeu a reduzir entre 59% e 67% de suas emissões até 2035, abrangendo todos os gases de efeito estufa e todos os setores da economia. Até o momento, 79 países divulgaram suas NDCs, responsáveis por 64% das emissões globais.
Os 118 restantes respondem por 36%. Espera-se que a agenda de mitigação da crise climática avance com ações mais concretas de financiamento dos países em desenvolvimento.